sábado, 8 de março de 2008

De pedra era o coração
seco, duro, infeliz, abstrato
vivia em devaneios
a procurar complicações
vivia em desalento
a procurar satisfações
vivia e só vivia, sem cor,
mas na multiplicidade do dias
nas agurias das brechas mórbidas que às vezes
a vida joga e salve-se quem puder
encontrei um olho negro
um rosto duro, sublime
uma voz suave,
um amor pra toda vida.
FERNANDA.

(José Maria)
Na leveza dos meus versos, belos
às vezes sinceros, na brutalidade
intensa do meu amor,
nas cores pungentes da minha íris,
descubro o vazio escondido em paralelos,
ideogramas iluminados no absurdo da noite,
escura, reta, levemente discreta.

(José Maria)
É certo dizer que amo,
não é certo falar como,
não é correto tentar decifrar
não é assim
dói, mas suporto
pulsa, pulsa....
e de cor branca,
pois reflete a luz
brilha
é reluzente, cintilante.
É certo dizer que te amo
não é certo falar por quê?
Não quero explicações,
não te quero por traduzir
quero decifrar
tuas incertezas...
É certo dizer que te amo
e não me pergunte como.

(José Maria)
Às vezes na complicação
dos meus verbos,
direto
não simples
releio minhas mãos
vejo
revejo
peço um beijo
depois mil
e sempre dependendo
de você,
do teu cheiro,
dos olhos negros,
do cabelo,
e nessa falta de criatividade,
no exagero dos vocábulos,
o simples complexo,
é dizer TE AMO!!

(José Maria)