segunda-feira, 4 de junho de 2012
BURACO NEGRO
Nem o excesso de bebida
Nem os constantes
cigarros
Nem os anseolíticos e calmantes
Nem mesmo outros
afagos.
Nem a arte, a filosofia, a literatura
ou toda intelectualidade
humana.
Nem as religiões, a ciência, os consolos
Nem as palavras e abraços de conforto.
Nem todos os seus bilhetes,
Declarações e desenhos na parede do meu quarto.
Nem toda intensidade do nosso
desejo
Nem todos os nossos
limites ultrapassados.
Nada
Nunca
Jamais
Poderá eliminar o buraco negro
(Que lentamente suga galáxias, sóis e planetas)
que você abriu em todos que te amavam.
Em mim, sua família, amigos e
principalmente
em seus dois pedaços.
Eu, que já possuí tendências suicidas
Sofridamente aprendi:
O suicida morre sempre enganado!
Ele não tira a própria vida
Mas sim a vida
dos seus entes amados.
(Jorge Elô)
Assinar:
Postagens (Atom)