É mitologia sem deuses
Inferno sem demônios.
É egoísmo puro
que brilha em seus heterônimos.
Seu amor é bruxaria
que encanta aos desavisados.
É também alquimia
que transforma ouro em ferro
enferrujado.
Seu amor é uma farsa,
desejo indesejado.
Feliz do homem que se
liberta do sonho
de que um dia por ti foi amado.
Se hoje sinto compaixão,
não é por ti, Hécate.
E sim pelo novo homem
que agora é condenado
a viver ludibriado
Pelo seu amor, bruxa;
Tão Noturno,
Tão Pérfido.
Tão Hilário.
(Jorge Elô)