Só tenho que agradecer
Pelo corte no nariz
A dor de cabeça e
A fadiga no corpo.
Pela dor de garganta,
Escarros e meu mau hálito de
Cigarro.
Pelas dificuldades do mundo
E a força dos meus dois guardiões:
Azazel e Calibã.
Pela minha mulher, filho,
Mãe, pai e irmãos.
Por acordar, respirar,
Pela chance de estar vivo.
Chorando, sofrendo ou
Sorrindo.
Pela vontade de viver,
Pela consciência do que é a
Vida.
Pelo sangue que me corre na veia
E por tudo que terei que vencer
Em cada amanhecer.
(Jorge Elô)
sexta-feira, 11 de março de 2011
terça-feira, 8 de março de 2011
Fomfa
Sei que ficou temerosa
De voltar ao nosso castelo
de garrafas e pontas de cigarros.
De tornar a sonhar com a estética
das formas estranhas do mundo,
passando madrugadas
exalando fumaça.
Agora junto as garrafas
aos montes e
todas as pontas que restam.
Estou tornando sólida
a base do nosso castelo,
enfeitando-o,
armando-o,
tornando-o nosso lar.
Pois, muito embora eu ame a noite,
e sempre tenha desejado uma
infinidade de mulheres,
prometo a você que estarei só,
sem tocar minha boca em
outra que não seja a sua.
Estarei lhe aguardando.
Ascendendo um cigarro no outro,
bebendo litros de cachaça,
e sonhando com as manhãs
onde poderei acordar e
respirar o perfume do suor
que sai da sua nuca.
(Jorge Elô)
De voltar ao nosso castelo
de garrafas e pontas de cigarros.
De tornar a sonhar com a estética
das formas estranhas do mundo,
passando madrugadas
exalando fumaça.
Agora junto as garrafas
aos montes e
todas as pontas que restam.
Estou tornando sólida
a base do nosso castelo,
enfeitando-o,
armando-o,
tornando-o nosso lar.
Pois, muito embora eu ame a noite,
e sempre tenha desejado uma
infinidade de mulheres,
prometo a você que estarei só,
sem tocar minha boca em
outra que não seja a sua.
Estarei lhe aguardando.
Ascendendo um cigarro no outro,
bebendo litros de cachaça,
e sonhando com as manhãs
onde poderei acordar e
respirar o perfume do suor
que sai da sua nuca.
(Jorge Elô)
quinta-feira, 3 de março de 2011
Trago a alegria das putas
e as cores do arco-íris,
trago um jardim,
nele um pedaço de mim.
Levo mil coisas e nenhuma,
pedaços, retalhos,
fragmentos do ego
Tenho em mim os olhos de Capitu
de Sinhá Vitória os conflitos de Joana,
a compaixão de Madalena.
Trago no meu Romance a poesia
de Florbela a beleza da moreninha
Trouxe em Machado as cores de Ramos.
Em Macedo vou Clariceando o escuro do meu caminho.
(José Maria)
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