Dos pólos mais belos
dos traços pintados, repuxados, borrados
insistentemente retocados
nasceu o teu nanquim, clássico.
Dos verbos mais absurdos, encorajados pelos venenos
mais loucos, cheios de insatisfações absolutas
nasceu tua poesia, perfeita.
Dos pólos mais belos
do rabisco a letra
do mundo e do fundo
do fim e do começo
de você e dos outros.
Dos pólos mais belos
eis a criação, Jorge Elô.
(José Maria)