terça-feira, 31 de dezembro de 2013

AOS QUE ME AMAM

Aos que me amam
Todo o amor do mundo
Um amor profundo
De carinho e
Beijos.
Um amor com palavras
De boaventurança
Realizações e
Desejos.

Aos que me amam
Meu olhar dócil
Meu falar manso
Meu descanso.

Aos que me amam
Uma lambida na
Orelha
Numa tarde
Que vagueia em
Ritmos doce e
Alucinantes.

Aos amantes
Sexo, suor  e
Carícias
Numa noite propícia
Aos desejos profanos.

Aos que me amam
Parcimônia
E quanto as
emoções
Apenas a mais
Sublime.

Aos que me amam
Companheirismo
Mesmo que a
Distancia permita
Apenas em estado de
Espirito.

Aos que me amam
Amor.

Enquanto aos que
Me odeiam
Nada!

Este é um poema de
Amor
Deixo quem odeia
Com sua própria dor.  

(Jorge Elô)

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

INVETERADO

                         Aos irmãos


Descobri que estava doente
Do fígado, pâncreas e rins:
Tomei uma pela notícia
Ruim.

Descobrir que meus pulmões
Respirava enfisema:
Tomei outra em doses
Pequenas.

Descobrir que meu coração
Parou de funcionar:
Tomei uma para ele
Voltar a amar.

Descobri que minha
Próstata estava acabada:
Tomei mais uma para aguentar
As dedadas.

Descobrir que o câncer
Tomou meu
Corpo inteiro:
Tomei uma como um
Exímio biriteiro.

Quando descobrir
Finalmente
Que para este plano 
de novo não corro:
Tomei outra, gigante,
Porque se parar, morro.

(Jorge Elô)

domingo, 1 de dezembro de 2013

No abraço infindo nos fundimos como ácido a nos corroer

Como melhores amigos (irmãos incestuosos)
desbravamos madrugadas. Não
havia estrada
tudo era um imenso oceano
que num mergulho profano nos
afogamos.

(E o dia se fez noite
E os irmãos, matrimônio.)

O pecado se fez presente
Quando por acidente
Revelamos nossas fraquezas.
Os segredos mais sórdidos
Foram verbalizados
Os olhares de desejo
Foram lançados
E de tanto nos usar 
nos desgastamos.

Seguimos outras rotas
deixamos de habitar o 
mesmo céu.
Apontou sua flecha para 
outro horizonte
e eu subi para além 
dos montes.

Mas siameses que somos
Ainda nos encontramos,
Seja num sonho
Ou pesadelo infame.

E quando tudo isso 
um dia acabar,
É porque a matéria teve fim
Pois, ainda sou você
E você parte de mim.

(Jorge Elô)