Via de longe o planeta Terra.
Estava preso nessa enorme esfera
De água e areia, sementes e
Guerras.
Havia uma alma
Algemada à minha
Sugando-me os fluidos,
Tornando-me inerte.
Uma alma jovem
De uma moça, tão bela,
Condenada,
Disse - me ela,
Por um pecado mortal.
Nesse plano de carne e
Sangue
Onde as dores são reais,
Perguntei à jovem
Se ela poderia
Deixar-me em paz.
- Não quero definhar
Por favor, me entenda.
Não sinto que me quer mal
Mas, abra as algemas.
Deixe-me planar nessa esfera
E outros ares respirar
Em Saturno
Urano,
Plutão
Ou além do sistema solar.
Deixe-me em labirintos dantescos
encontrar com meus demônios,
Desamarrar essas amarras e
Exalar meus feromônios.
Fertilizar os terrenos inférteis
Dos famintos que roem
Os pergaminhos do
Deus Seth.
Cada gota que me suga
Torna-me tão pequeno
E nem você ou eu
Pode evoluir.
Só te peço para ir
Minha pequena.
Parta da jornada terrena,
E me deixe saborear
O que optou por desistir.
(Jorge Elô)
Torna-me tão pequeno
E nem você ou eu
Pode evoluir.
Só te peço para ir
Minha pequena.
Parta da jornada terrena,
E me deixe saborear
O que optou por desistir.
(Jorge Elô)
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